sábado, 11 de maio de 2013


As Sete Lágrimas de um Velho Maçom
Texto Recebido por e-mail, autor desconhecido

Num cantinho do Templo, sentado num banquinho, fitando o Delta Luminoso, um triste e velho Mestre Maçom chorava.

De seus olhos, estranhas lágrimas escorriam-lhe pela face e, sem saber o porquê, eu as contei: foram sete. Na incontida vontade de saber, eu me aproximei e o interroguei, "Fala, meu Velho Mestre! Diz ao teu eterno Aprendiz por que externais assim tão visível dor?"

E ele, suavemente, me respondeu, "Está vendo estes Irmãos que entram e saem? As lágrimas contadas estão distribuídas a alguns deles."

"A Primeira, eu dei a esses indiferentes, que não dão valor a história, ao esoterismo, a liturgia e ritualística, e que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber."

"A Segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam desacreditando nos velhos Mestres e na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam".

"A Terceira, distribuí aos maus, àqueles que somente procuram a Loja para promover a discórdia entre os Irmãos".

"A Quarta, aos frios e calculistas que, mesmo sabendo que existe uma Força Espiritual, procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra Amor".

"A Quinta, aos que chegam com suavidade, tem o riso e o elogio da flor nos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio no G.'.A.'.D.'. U.'. na Ordem e nos meus Irmãos, mas somente se eu puder me servir".

"A Sexta, doei aos fúteis que vão à Loja buscando aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente".

"A Sétima, meu amado Irmão, foi grande e deslizou pesada! Foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos do Verdadeiro Maçom.

Fiz doação desta aos Irmãos vaidosos que esquecem que existe o respeito e que existem Irmãos precisando de caridade e tantos seres humanos necessitando de amparo material e espiritual".
"Assim, caro Irmão, foi para todos estes que vistes cair uma a uma."

QUEM ESTÁ MORRENDO?
                                                                        José Maurício Guimarães
 
Fico impressionado com a insistência de alguns Irmãos no tema "a maçonaria está morrendo". Na internet então... nem se fale!
Trata-se, evidentemente, de um comportamento que Freud, ou Jung, Lacan ou Adler poderiam explicar.
Adler diria que a preocupação contínua desses profetinhas é alcançar objetivos próprios - a sede de poder e a notoriedade. Outro componente dessa pregação é o complexo de inferioridade que, não resolvido, pode traduzir-se numa dinâmica patológica.
Lacan analisaria pelo aspecto do "Estádio do Espelho", ilusão ou alienação provocada pelo narcisismo. De fato, apesar do avental, há maçons que só conseguem ver o próprio umbigo. 
Freud apontaria a patológica visão da morte da Maçonaria como a pulsão de "matar o pai"; um conflito havido no início da adolescência com a figura do pai transforma-se, mais tarde, no combate sistemático à autoridade e às instituições.
Finalmente, Jung buscaria o hábito nefasto de esses Irmãos prognosticarem a morte da viúva (a Maçonaria) como fixação na perda do arquétipo materno: o medo de serem desmamados pela instituição.
Deixando a psicologia de lado (pois essa não é minha área de formação, nem tenho o direito de diagnosticar comportamentos, citei apenas como ilustração) passemos à questão prática.
Uma instituição como a Maçonaria não tem como "morrer", pois a morte é a interrupção definitiva da vida de um organismo, mais propriamente o fim da vida humana.
Não se pode falar em morte da Matemática ou morte da Física; o que morre são os matemáticos e os físicos. Da mesma forma, o que morre na instituição são os obreiros, nunca a Maçonaria como reflexão humana, ponto de partida e o processo pelo qual as operações da consciência produzem novas ideias. Essa morte nem precisa ser física - basta que o maçom se afaste do senso crítico, da capacidade de examinar, avaliar e julgar com sabedoria e independência, para ele se encontra morto - só esquecido de deitar-se.
Quem está morrendo?
- Está morrendo o maçom que vai à Loja, mas não frequenta a Loja. Frequentar significa viver na intimidade, cursar, estudar, seguir, conviver entre pessoas com o devido trato social. Frequentar é apresentar novas ideias e trabalhar para os projetos já existentes, garantindo assim uma Maçonaria de longo prazo.
- Estão morrendo a Loja ou os maçons desligados da vida da Potência a que pertençam. A interrupção definitiva dessas vidas começa pela surdez do que se fala ou lê nas sessões: a Ata, as instruções, as peças de arquitetura, os Atos e Decretos do Grão-Mestrado, os Projetos de Lei enviados para a apreciação dos Irmãos, os balanços e balancetes. É comum vermos um ou outro com a cabeça enterrada entre as mãos (postura não-maçônica) fingindo desinteresse ou mesmo... ou dormindo nesses períodos de análise, tomada de decisão e apresentação de propostas. Mais tarde, quando um Ato, Decreto ou Lei começam a produzir seus efeitos, os tais dorminhocos são os primeiros a erguer a voz nas sessões, a lançar imprecações contra tudo e contra todos. (Há também as conversas paralelas dos mortos-vivos durante a leitura de um trabalho, quando os maiorais da Loja conversam outros assuntos, certamente sobre futebol, na melhor das hipóteses!)
- Está morrendo o maçom que dilapida o precioso tempo de vida a maquinar intrigas, difamar pessoas e criticar os que trabalham e dão vida às instituições maçônicas. São aves de rapina que gozam do aparente prestígio nos grupinhos informais; adulados pela frente e sempre criticados pelas costas.
- Enfim: está morrendo o maçom ou a Loja que já nasceram inertes, pálidos e desbotados. São os extremamente exaustos do mínimo "serviço" que prestam à Loja durante duas horinhas semanais da sessão que antecede os comes e bebes.
 
Como ilustração, tomemos o capítulo 18 do Gênesis quando Abraão pergunta ao Senhor Deus sobre a destruição da cidade:
"Se porventura faltarem cinco justos dentre os cinquenta, destruirás toda a cidade por causa daqueles cinco?
E disse Deus: - Não a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco.
E continuou Abrão: Se porventura se acharem ali apenas quarenta justos?
E Deus disse: Não destruirei a cidade por amor dos quarenta.
Mas Abrão insistiu: Não se ire o Senhor, se eu ainda perguntar: Se porventura se acharem ali trinta?
Deus disse: Não o farei se encontrar ali apenas trinta.
E se porventura, Senhor, se acharem ali vinte?
E Deus: Não a destruirei por amor dos vinte.
Mas Abraão não se conteve e foi além: Não se ire o Senhor, que ainda falo só mais esta vez: Se porventura se acharem ali dez?
E Deus, pacientemente respondeu: Não a destruirei por amor dos dez."
Assim é; e assim será: se porventura permanecerem trabalhando apenas sete, a Maçonaria não será destruída por amor dos sete.

Texto enviado por e-mail pelo Ir.`. Harley Correia , R.J.

As Guildas Medievais - História e influência na vida moderna e na Maçonaria

Texto elaborado pelo Ir.`. Aroldo Peret da Loja Fraternidade de Rio das Ostras 164 RJ

Por instinto todos os seres vivem em comunidade e se estabelecem em sociedades, visando sobrevivência e a perpetuação da espécie, daí as alcatéias, manadas, cardumes, enxames, etc. Não é diferente com os homens que se agrupam em comunidades desde a idade da pedra. Além do instinto, os homens, diferentemente dos animais, apresentam outros detalhes nos agrupamentos sociais, em que pessoas  diferentes se organizaram por “afinidade eletiva”, que é objeto de estudo de várias ciências humanas e remonta à alquimia. Um exemplo: estarmos aqui por estas afinidades.
Com o desenvolvimento humano, das comunidades e, incremento de valores culturais místicos, os desejos de associação miravam a perpetuação da vida após a morte. Fez-se cada vez mais necessário ter receita para os investimentos em rituais fúnebres, e monumentos mortuários, antes reservados aos reis, agora desejado por todas as classes sociais, originando assim os “Collegia Fabrorum”.
Em consequência evolutiva, o anseio social proporcionou o ambiente para a formação das Guildas, que se estabelecem como corporações de ofício, ou seja, uma espécie de cooperativa de trabalhadores que compartilhavam do mesmo ofício e apresentava o objetivo de assegurar direitos e deveres, qualidade, preço, pesquisa para aprimoramento profissional e desenvolvimento tecnológico, estabelecimento de  níveis de profissionais, mas que permitia o crescimento pessoal e espiritual de seus membros diferentemente dos “Collegia Fabrorum”.
Em cada grande cidade organizavam-se guildas dos mais diversos ofícios: padeiros, sapateiros, tecelões, ferreiros, curtidores, mercadores, cervejeiros, açougueiros, escreventes, carroceiros, armeiros e calro de pedreiros. Economicamente ser membro de uma guilda significava estar em contato com outros artesões, gozar de proteção, receber amparo, para si ou sua família, frequentar as festas internas, instruir-se etc. Reciprocamente implicava em ajudar outros membros quando em necessidade, ter uma vida de aprendizagem, existência honesta, e com perspectiva de um futuro afortunado no lado material e espiritual.
No aspecto material ela é precursora dos sindicatos atuais, tanto que até hoje, são mencionadas nas referências de estudos políticos, socioeconômicos e jurídicos, algumas citadas ao fim deste trabalho.
Algumas guildas evoluíram, outras pereceram. Neste ambiente, os não agremiados eram os jornaleiros (trabalhadores temporários, por jornadas) de pouquíssima cultura e baixo poder econômico,
As Guildas mantinham segredos imperativos à sua preservação, que eram transmitidos aos poucos junto com os conhecimentos profissionais, aos aprendizes do ofício, escolhidos na maioria das vezes nas próprias famílias, ficando neste estágio durante sete anos ou mais, Depois eram passados a companheiros e mestres. Estes últimos, detentores de grande conhecimento e influência econômica, política e social. Ressalte-se que, os mestres eram extremamente cultos, filósofos em todas as áreas, resultante das pesquisas na busca pelo aprimoramento do ofício, e do produto do seu trabalho, calcada nos estudos em diversos campos do conhecimento humano da época. Em conseqüência as guildas desenvolveram fortes sentimentos transcendentais de companheirismo, lealdade, justiça e são responsáveis por espiritualizarem as relações humanas associativas.
As guildas que mais cresceram foram as de construtores. Em um tempo pela demanda dos templos suntuosos para os reis e os dedicados por estes aos deuses; na Idade Média pela demanda de cidades-fortalezas, ocasião em que teve seu esplendor, depois, com a queda de reinos e consolidação da era cristã, com a construção de catedrais. O saber destes mestres envolvia matemática, geometria, geometria sagrada, física, alquimia, astronomia, astrologia, arquitetura, estes oriundos dos árabes, sumérios, persas, babilônios, egípcios, conceitos gregos Herméticos, Neoplatônicos, etc. Envolvia também conhecimentos e simbolismos místicos, e exotéricos, herdados daqueles povos antigos. Sofreram ainda influencia dos Cavaleiros Templários (eram seus “Magister Carpentarius”) no que tange a finanças, isenções de impostos, (gozavam de franquia – francos maçons) livre trânsito (pedreiros livres), excelente mercado pela construção de fortalezas, abadias, mosteiros, etc. mas sob imposição de rituais e crenças religiosas destes. Tinham rituais de admissão, de transmissão de conhecimentos, de ágapes, de mudança para os graus superiores, de reconhecimento para cada nível, fator preponderante para manutenção de seus segredos, o que certamente contribuiu para sua longevidade.
Por ser a que mais cresceu e durou, acompanhou todas as fases de evolução social, política, econômica e cultural do homem. Recebendo essas diversas influências, desenvolveram os seus conhecimentos secretos, bem como sua ritualística, trasmitindo-os de loja em loja, sendo, portanto, as guildas de construtores, sob este aspecto, as precursoras da maçonaria operativa. . O primeiro registro de estatuto de guildas, de construtores, ocorre na Inglaterra e remonta a 926-DC, em York, no Reinado de Athelstan, que é considerado, por isso, o patrono da Maçonaria Operativa, e mais tarde, da maçonaria especulativa.  
REFERÊNCIAS DE CITAÇÕES DAS GUILDAS.
REFERÊNCIA POLÍTICA – ESTUDO DO SOCIALIMO - Socialismo de guilda foi uma forma de sindicalismo que procurou combinar a idéia das guildas medievais com a substituição do capitalismo. É o socialismo de mercado, ...., cuja alocação de recursos, entretanto, devia seguir regras específicas. Esta concepção sobrevive nos mais diferentes países, até os dias de hoje, mantendo mais ou menos a sua forma embrionária. IDEM – ESTUDO DO CAPITALISMO - A Convenção 158 da OIT (sobre demissão somente por justa causa) rompe com o equilíbrio entre trabalhadores e empregadores e inviabiliza a gestão empresarial. O capitalismo só se firmou depois que venceu as “guildas medievais” que monopolizavam profissões e distorciam o mercado de trabalho. A Convenção 158 acaba com as políticas de recursos humanos das empresas e impede que essas se ajustem a mudanças de mercado.
REFERÊNCIA NAS ARTES – TRANSIÇÃO GUILDAS / ESCOLAS DE ARTES - Na história da arte européia, o surgimento das academias de arte, a partir do século XVI, tem papel decisivo na alteração do status do artista, personificada por Michelangelo Buonarroti (1475 - 1564). Não mais artesãos das guildas e corporações, os artistas são considerados teóricos e intelectuais a merecer formação especializada nas Escolas de Artes......O ESTUDO DAS ARTES - O movimento social e estético inglês liderado por William Morris (1834-1896), Arts and Crafts, está nas origens do Art Nouveau. Rompendo com a distinção entre Belas Artes e artesanato, lutando pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, e tentando recuperar o ideal de produção artesanal coletiva, segundo o modelo das guildas medievais.
REFERÊNCIA CRISTÃ - São Lucas, o evangelista é, segundo, a tradição, o autor do Evangelho de São Lucas dos Actos dos Apóstolos – o terceiro e quinto livros do Novo Testamento. É o santo padroeiro dos pintores, médicos e curandeiros. É celebrado no dia 18 de Outubro. Chamado pelo Apóstolo Paulo de “O Médico Amado”, pode ter sido um dos cristãos do primeiro século que conviveu pessoalmente com os doze apóstolos. A tradição cristã, atribuída a São Lucas, médico que seguiu o apóstolo Paulo, defende que foi o primeiro iconógrafo, e que terá pintado a Virgem Maria, Pedro e Paulo. É por isso que mais tarde, surgiram as guildas medievais de São Lucas, no Flandres, ou a Accademia di San Luca (”Academia de São Lucas”) em Roma – associações imitadas noutras cidades européias durante o século XVI – reuniam e protegiam os pintores.
REFERÊNCIA ARQUITETÔNICA - Estudo de Arquitetura - (Merchant Adventurer’s Hall-foto) durante a idade média... (1415), foi registrado que houve 57 guildas na cidade de York.
REFERÊNCIA NO ESTUDO DE FILOSOFIA – ILUMINISMO – PRECURSOR DO CAPITALISMO - As concepções do Iluminismo encontraram solo fértil no Estado-nação, sendo financiado pelo capitalismo industrial emergente. Foi o advento da fábrica que destruiu o sistema das guildas medievais. As guildas eram antigas associações ou ligas profissionais criadas com a finalidade de defender os interesses de seus integrantes, Nesse processo de transformação das guildas para as fábricas foi se acentuando o antagonismo geral entre exploradores e explorados, entre ricos e pobres que trabalhavam. Transformando-se os mestres das corporações ou guildas nos burgueses modernos e os jornaleiros em proletários" (Engels,1980, p. 30)
REFERÊNCIA ATUAL- Projeto de Lei- Amarildo  – PROFISSÃO DE JORNALISTA- 2009 – Exclusividade do exercício da profissão de jornalista pelos formados em cursos superiores específicos - “Ela recria no Brasil em pleno século XXI as guildas medievais, corporações que decidiam com mão-de-ferro quem podia ser ourives, pintor ou escultor. Tudo em nome da reserva de mercado e do conforto dos medíocres, assustados com a concorrência de gente mais preparada e talentosa. A Lei Amarildo tem esse mesmo espírito corporativista. Ela vai na contramão de um fenômeno mundial, em que os jornais, as revistas, os sites e as televisões buscam o concurso de cientistas, astronautas, economistas, diplomatas, políticos, atletas – enfim, todo tipo de gente com conhecimento especializado e vivência dos temas em pauta...”
Bibliografia: O ESPELHO DA ALMA –Rodrigo José S. Pimpão; e sites da internete.


Os Sumérios e a Maçonaria
Texto elaborado pelo Irmão Aroldo Peret da Loja Fraternidade de Rio das Ostras 164 RJ 

Ainda hoje se discute quais os dois legados maiores para humanidade. Primeiro o domínio da natureza à sua volta e desenvolvimento da agricultura (plantio de grãos e frutas, e domesticação de gados eqüinos, caprinos e bovinos, todos encontrados bravios e domesticados por pastores, dando origem à formação das primeiras vilas de moradores, e primeiras cidades de povos não nômades. Em segundo a origem da escrita anterior em centenas de anos aos hieróglifos, que iniciou com representação de cenas, e posteriormente com gravações cuneiformes (em placa de argila posteriormente queimada em fornos), para endurecimento e preservação.
Mas uma coisa ninguém discute, a origem destes dois e muitos legados para a modernidade, remonta aos sumérios, que habitavam a região da baixa Mesopotâmia, hoje Iraque (vide mapa).
Com o desenvolvimento da agricultura e pecuária, fundaram-se as cidades, ou seja, construíram casas, palácios e templos conhecidos como Zigurates. Sem dispor de pedra ou cimento, fizeram-nas com o desenvolvimento do fabrico dos tijolos de argila, tal como fazemos hoje. Com eles construíram templos de até trinta metros de altura e, em torno destes as vilas. Como não dispunham de tudo que precisavam (madeiras, e metais), desenvolveram um sofisticado comércio atribuindo valores proporcionais aos minérios de metais, sistema de crédito, etc., ou seja, uma complexa economia para época. Desenvolveram a navegação, pois construíram as primeiras embarcações a remo e vela, para ampliar o comércio e cidades.
Desenvolveram a medicina com a cura através de alimentos e ervas, fizeram pequenas cirurgias,
Começaram a desenvolver formas de controle da influência da natureza, com construção de diques, e canais de irrigação, armazenando água para diminuir os efeitos das inundações, e irrigando o solo no período de secas. Tal tentativa de controle da natureza levou-os ao estudo da astronomia muito próxima da que conhecemos hoje, com exceção da terra que seria imenso tabuleiro, mas conheciam quase todos os planetas e suas influências sobre a terra e sua natureza.
Alguns cientistas acreditam, com base em escritos e escavações, que os sumérios, através de suas histórias contadas à volta das fogueiras, depois registradas em escrita cuneiforme, deram origem a praticamente todas as religiões, que são meras adaptações posteriores.
Há cientistas inclusive que creditam a eles a História de Caim e Abel, filhos de Adão e Eva, e do Jardim do Éden, localizado entre a cabeceira de quatro rios (entre ele Tigre e Eufrates e os outros dois o Ghion e o Pishon) onde viviam estes povos. Outros situam o Éden mais perto da foz dos dois últimos hoje Golfo Pérsico, sob o mar. (que invadiu este enorme oásis). O certo é que ambas eram regiões sumerianas. A lenda começou com a crença em um Deus da agricultura a quem Caim oferecia grãos, e um Deus da pecuária a quem Abel oferecia o filhote primeiro de cada manada. Os pastores tendo necessidades de mais áreas para pastos começaram a deixar o gado pastar nas áreas plantadas iniciando assim as guerras entre as cidades de economia agrícola contra as pecuaristas. Por isso Caim matou Abel.
 Assim foram criadas estas e outras as lendas, e desenvolvidas as religiões como forma de ensinar aos moradores das cidades, as diferenças entre bem o mal, certo errado. Para a necessária organização social além do desenvolvimento de religião. Um rei sumério criou o primeiro código de conduta social de que se tem conhecimento, e que está escrito ainda na linguagem cuneiforme, o famoso Código de Hamurabi, adotado por outras cidades e posteriormente por vários povos e civilizações, claro, com adaptações próprias, mas com a mesma base conceitual, estabelecer leis e regras de convívio pessoal, inclusive de heranças..
Tinha contra a ambição das demais tribos uma fraqueza, exatamente o sistema de governos independentes ou cidade-estado, governado pelos patesis, e o interesse os fez guerrear entre si por vários anos, ora com prevalência do rei de uma cidade sobre as outras. Tinham também uma enorme dificuldade para guarnição das suas imensas fronteiras, pois tirando o mar e o deserto a oeste, todas as outras fronteiras eram pontos vulneráveis. Protegiam as suas cidades com muros, mas como só dispunham de argila para fabrico de tijolos com os quais o construíram, essa resistência pouco representava frente à avidez dos bárbaros de todas as regiões.
Suas crenças e cultura eram tão próprias e tão desenvolvidas que uma prática normal de dominação de um povo contra outro (para evitar que o dominado se revolte, forçava-se o domínio através da cultura, com o conquistador impondo a sua, para extermínio da cultura do dominado, ou seja, a escravidão cultural), que estranhamente seus dominadores se preocupavam em absorver sua cultura, que juntamente com a grande expansão comercial, foi assim espargida para o mundo chegando a todos os povos e aos nossos dias.
Além do estudo do sistema solar, da agricultura, da pecuária, da construção civil, das religiões, outros foram os importantes legados sumerianos:
- as teorias da matemática, e os conceitos de comprimento, superfície e volume, bem como todas as bases dos estudos pitagóricos, e inclusive um algorítimo para cálculo de raiz quadrada de 2;
- a invenção da roda e a tração animal em carroças com quatro rodas, por búfalos e cavalos selvagens domesticados e posteriormente por suas crias em cativeiro
- o uso de animais nas batalhas, o invenção do arco simples de muito pouca eficiência e, bem mais tarde, do arco duplo, que permitia lançar flechas mais longe e furar as armaduras de couro, também inventadas por eles.
- o sistema numérico decimal e hexadecimal que inclusive serviu de base para calcular o ano de 360 dias a hora e minutos em fração de 1/60 avos.
- a divisão do dia em vinte e quatro horas, marcados em uma régua.
- as tintas para argila colorida que ornavam os templos e palácios com orlas e pisos em mosaico, bem como as tumbas de seus reis,
, - Resumindo muito uma lenda egípcia de Osíris, que ensinou aos homens o cultivo da terra, sendo amado, assim despertando a inveja de seu irmão Set que o matou e, sumiu com seu corpo levando a esposa Ísis em busca infinda para localizá-lo. Ísis chegando a localizar as partes do corpo do marido, permitiu que Osíris aparecesse a seu filho Hórus, ordenando-lhe que fizesse justiça. Hórus matou Set após várias lutas. Osíris é o Deus do juízo final dos mortos e das infinitas mortes e ressurreições. Tal lenda nada mais é que mudança dos nomes dos personagens da lenda do Deus Dumuzi dos sumérios representante do ciclo das mortes e ressurreições anuais dos vegetais, símbolo da eternidade e imortalidade do espírito.
- As três sabedorias do mundo, formando o triângulo do perfeito equilíbrio e do saber esotérico, representando as tríades sagradas Brahma, Vishnu e Siva dos hindus, ou Yang, Ying e Tao do taoísmo, e outros são bem mais recentes que o triângulo sumeriano das divindades Anu, Enlil e Ea, razão pela qual se acredita que a origem do citado triângulo é sumeriana.
- A astrologia mística é sumeriana, e foi com base nela que o Tetrabiblos, tratado astrológico moderno, foi escrito por Claudius Ptolomeu no século II em terras de Alexandria.
Bibliografia:
Cartilha do companheiro – José Castelhani & Raimundo Rodrigues
Sites da internet.
Texto elaborado e apresentado em Loja por um Aprendiz Maçom da Loja Bp Azeredo Coutinho em 2013
Foi autorizada a publicação pelo nosso Irmão



UNIDADE – SALMO 133

INTRODUÇÃO
Este é o primeiro estudo que apresento aqui na Loja entre os irmãos e a minha pretensão é que a partir deste inicie um longo trabalho em busca do conhecimento para crescimento. Meu desejo é ser transformado de “pedra bruta” em “pedra polida”, enveredando esforço contínuo para contribuir cada vez mais, com a exaltação do Grande Arquiteto do Universo. Antes mesmo de debruçar sobre o texto do salmo 133, quero introduzir o estudo com uma ilustração:
Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião de ferramentas para acertas suas diferenças. O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho; e além do mais, passava todo tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.
Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que expulsasse o metro, quem sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.
Reservo aos irmãos a finalização da ilustração no término do estudo.
EXPLICAÇÃO
O texto do salmo 133 é um dos cânticos de romagem, daqueles que os judeus, principalmente os peregrinos utilizavam para caminharem em direção ao templo em Jerusalém. Sua autoria é do rei Davi, que desejava falar de unidade do povo de Deus através deste cântico. Alguns elementos, deste Salmo, são importantes para melhor entendimento da mensagem de Davi.
ÓLEO – o óleo era utilizado na cerimônia de unção dos reis e sumos sacerdotes. Estes eram ungidos com óleo especial, que era derramado sobre suas cabeças, e dessa forma, eram considerados “purificados”, “sagrados” para exercer suas funções.
HERMON – montanha considerada sagrada pelos judeus. Localizada ao norte de Israel, marca a divisão geográfica entre Israel, Líbano e Síria. Pela altitude (mais de 2.800metros), seu cume está sempre coberto de neve, o que literalmente “rega” toda a região ao seu redor, sendo por isso a região mais fértil de Israel.
MONTE DE SIÃO – Sião não é o Hermon. Ambos os pontos são extremidades Israel, sendo o Hermon a extremidade Norte e Sião a extremidade sul. Sião foi local escolhido pelos judeus para servir de sede, sendo a região onde se encontra Jerusalém daí a origem do termo “sionista”. Após Sião, o que se vê é o deserto.
AARÃO – Irmão mais velho de Moisés e primeiro Sumo sacerdote de Israel, através do qual se originou a linhagem de Sumos sacerdotes.
GOLA DE SUAS VESTES – Nas vestes do sumo sacerdote Arão, segundo a bíblia em Êxodo 28. 7-12, existiam duas pedras ônix, nas quais estavam gravados os nomes das 12 tribos de Israel, seis em cada pedra e elas ficavam uma de cada lado do ombro do Sumo sacerdote.
Conhecendo os elementos, pode-se compreender melhor a mensagem:
Os irmãos que Davi se refere são, provavelmente, o povo de Israel, divididos em suas tribos e espalhados entre o Hermon e Sião (limites de Israel), mas todos vivendo em união. Davi relembra então a unção de Aarão como o primeiro Sumo sacerdote de Israel, momento que selou o compromisso entre o povo de Israel e seu Deus. Dali nasceu a nação que Davi representava e defendia.
O óleo precioso que ungiu Aarão foi derramado em sua cabeça e desceu pela sua barba, espalhando-se para as extremidades de roupa. Tal unção, que abençoava Israel, podia ser vista também em sua terra: a neve do cume do Hermon transformava-se em orvalho, que desce o monte e se transforma em um ribeirão, Banias, o qualdeságua no Rio Jordão, este liga o Hermon até a outra extremidade de Israel, os montes de Sião, antes de desaguar no Mar Morto.
Todas as tribos de Israel estavam espalhadas de Hermon a Sião, sempre próximos às margens do Rio Jordão. “Jordão” significava justamente isto, “que desce”. O Rio Jordão, alimentado pelo orvalho de Hermon, desce até a extremidade sul de Israel, Sião, distribuindo suas bençãos, assim como o óleo precioso que desce da cabeça de Aarão até a orla de suas vestes.
Por fim, Davi afirma que, Sião (Jerusalém) é “ungido” pelas águas que veem do Hermon porque foi o lugar escolhido por Deus para que o povo judeu habitasse eternamente conforme suas bênçãos. Com este salmo Davi disse ao seu povo que eles deviam permanecer unidos e obedientes às ordens vindas de Sião, pois essa era a vontade de Deus desde a unção de Aarão, comprovado pela bênção da água, que sai do alto de um monte e percorre 190 KM de distância, derramando bênçãos por onde passa, até chegar a Sião.
É muito claro o motivo das palavras de Davi, ele era apenas o segundo rei de Israel, uma nação recente, ainda desestruturada, com muitas dificuldades, dividida em muitas tribos e sujeita a muitas ameaças. Ele precisava manter um discurso de unidade e esperança. Minha pretensão não é esgotar todos os ensinamentos do salmo 133, mas apenas apresentar aos irmãos uma visão particular a respeito de unidade, que vejo como ponto principal neste texto. Logo no primeiro versículo do salmo 133 lemos: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!”. Posso então afirmar que:
1 – UNIDADE É BOA E AGRADÁVEL
Davi era um homem simples, embora fosse rei, pois seu chamado ocorreu nos tempos em que ele pastoreava as ovelhas nos campos distantes, que o levou a uma vida, de certa forma, solitária, com a companhia de suas ovelhas, do criador do universo e de sua inseparável harpa, com a qual compôs inúmeras canções, ente elas o salmo que acabamos de ler. Ele viu e enfrentou muita coisa. Nos campos distantes combateu e matou animais ferozes, como leão e urso, ainda pastor de ovelhas enfrentou o gigante Golias, que assombrava os guerreiros de Israel, que não acreditavam na vitória daquele minúsculo pastor de ovelhas. Davi teve que lutar muito para chegar ao trono de Israel, um reino dividido geograficamente e com lideranças diversas que causavam vários problemas a própria nação.
Entretanto, Davi ao chegar ao reinado consegue unir os reinos de Judá e Israel, que basicamente formavam o povo judeu e vivam separados. Assim Davi pôde compor este salmo, pois a alegria que se encontrava em seu coração, podia ser representada nesta canção, pois agora seu povo podia gozar de uma boa e agradável união.
Alegria constatada em outra canção magnífica, Acácia Amarela, do saudoso irmão, cantor e compositor Luiz Gonzaga, que nos primeiros versos diz:
Ela é tão linda é tão bela
Aquela acácia amarela
Que a minha casa tem
Aquela casa direita
Que é tão justa e perfeita
Onde eu me sinto tão bem”.
O sentir-se tão bem de Luiz Gonzaga na casa justa e perfeita, que é a sua, a minha, a nossa casa é a representação de uma verdadeira unidade, mesmo em meio à diversidade de irmãos, que são provenientes de várias origens: familiares, religiosas e culturais, porém unidos levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício.
Avançando no texto do salmo 133, podemos discorrer sobre:
2 – A UNIDADE COMO FUNDAMENTADA NO AMOR DIVINO
O versículo 2 diz o seguinte:
É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão e desce para a gola de suas vestes”.
Como vimos na análise do salmo 133, Arão foi ungido para o trabalho divino, que foi representado pelo óleo, como unguento especial para o sumo sacerdote exercer a sua função. Os nomes das 12 tribos de Israel estavam escritos em duas pedras ônix, seis em cada uma, que estavam em cada ombro de Arão.
Podemos ver representada aqui a unção divina para a união do povo, pois o unguento descia para cada lado da gola das vestes de Arão, atingindo ambos os ombros, nos quais estavam as pedras com as inscrições de todas as tribos do povo judeu. Cada tribo como o seu povo era abençoada na unção divina sobre Arão, que assim, cada indivíduo, recebia através do sumo sacerdote a bênção divina, resultando assim uma união por meio da ação do Grande Arquiteto do Universo.
A harmonia e a concórdia não podem ser conquistadas completamente, apenas pela ação humana, no entanto, com as bênçãos do Supremo Criador a unidade será, entre o seu povo, realidade. O esforço operário, só obterá sucesso na submissão ao Grande Arquiteto do Universo.
Na segunda estrofe, da canção, Luiz Gonzaga confirma:
Sou feliz operário
Onde aumento meu salário
Não tem luta nem discórdia
Ali o mal é submerso
E o Grande Arquiteto do Universo
É harmonia, é concórdia
É harmonia, é concórdia”.
Finalizando conto o final da ilustração sobre a assembleia na carpintaria:
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e as ferramentas iniciou o seu trabalho. E finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então, que o serrote tomou a palavra e disse:
“Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalhou com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes”.
A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava segurança, a lixa era especial para limar e afinar as asperezas, e o metro era preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de reproduzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalharem juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa, negativa e improdutiva; ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas. É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo. Porém encontrar qualidades... isto é para os sábios!
A unidade não se faz com ausência de diferenças entre os irmãos, muito menos com unanimidade de pensamentos, mas com bastante trabalho operário, como Davi trabalhou, para buscar o melhor para todos e a unidade somente será realidade quando cada operário for usado pelo Grande Arquiteto do Universo, simbolizado pelo carpinteiro da ilustração.
Que vençamos nossas paixões, submetamos nossas vontades, façamos novos progressos na maçonaria e estreitemos os laços de fraternidade que nos unem como verdadeiros irmãos.



Bibliografia

Ritual do Aprendiz Maçon I
Bíblia de Estudos de Genebra
HTTP://www.formadoresdeopinião.com.br

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Origens do Ritual Maçônico 2ª parte


ORIGENS DO RITUAL MAÇÔNICO
 – 2ª Parte -

O ritual da maçonaria e o ritual da Igreja brotaram da mesma fonte: o Gnosticismo original, herdeiro dos segredos dos mistérios egípcios. Mas enquanto a maçonaria deu continuidade a esses mistérios através, na época, do cristianismo esotérico, a Igreja organizou-se a partir do paganismo exotérico.
Há quem ache que a maçonaria tem a sua origem na lenda de Hiram, ou Hiram Abiff, mas esta lenda é um mito criado não antes do século XVIII e que encerra em si profundos ensinamentos através da sua simbologia. Por exemplo, em termos astrológicos, três companheiros assassinam Hiram, representando os meses do Outono, culminando no solstício de Inverno, e 9 mestres procuram o seu corpo, representando os restantes meses do ano. Tem a ver também com o processo de morte e ressurreição, pois a natureza está aparentemente morta nesses dias obscuros de inverno, para ressuscitar com o crescimento dos dias (mais Sol) que antecedem a Primavera.
A introdução na maçonaria do espírito bíblico também é tardia e acontece também depois do século XVIII. Aqueles que sustentam a origem em Hiram argumentam que os maçons são conhecidos como “os filhos da viúva”, e que Hiram, chamado por Salomão para a construção do templo, era filho de uma viúva da tribo de Neftali, cujo pai era natural de Tiro (1Reis 7-13).
Mas se nos reportarmos às origens egípcias, vamos encontrar a história de Hórus, cujo pai, Osíris, foi morto por Seth e Ísis, sua mãe, é viúva na altura do seu nascimento. Esta história fazia parte dos mistérios interiores egípcios, mais tarde adoptados pelo gnosticismo ou cristianismo esotérico. Ragon, escritor e um dos mais ilustres maçons do século XIX, membro do Grande Oriente do Rito de Mizraim, realizou algumas representações ritualísticas para o público. A primeira, realizada em 15 de Maio de 1817, foi uma representação do 1º grau, a iniciação de Hórus. A segunda representação foi realizada em 1 de Junho do mesmo ano e tratou-se da admissão de Hórus às 5 viagens do 2º grau. Dias mais tarde fez uma terceira representação em que Hórus se apresentou ao público coroado de flores de lótus, marchando à frente de uma procissão de Ísis – a manifestação do iniciado. Nestas representações se vê claramente as origens egípcias da maçonaria tradicional. Claro que depois destas representações públicas Ragon teve que abandonar o rito de Mizraim.
Da mesma forma que muitas igrejas, o tecto dos templos maçónicos é, muitas vezes, pintado de azul e juncado de estrelas, numa alegoria à abóbada celeste. Isto foi copiado dos templos egípcios onde o Sol e as estrelas eram adorados.
É do oriente que nasce o Sol, de onde vem a luz e a vida. Por este motivo as igrejas são orientadas de oriente para ocidente, ficando o altar no oriente, simbolizando o caminho da luz. O mesmo acontece com os templos maçónicos, cujo interior pode ter algumas variações conforme os ritos, mas são orientados para oriente, de onde vem o “Rei da Glória”, o Sol, que em termos humanos se transformou no Cristo. No tempo de Constantino, quando este legalizou o cristianismo em todo o império romano, a religião pagã que vigorava era a do “Sol Invictus”, à qual ele se manteve fiel até aos seus últimos dias, pois só se deixou converter ao cristianismo pouco antes de morrer. “Sol est Dominus Meus”, diz David no salmo 95, mas nas traduções autorizadas da Bíblia, foi convenientemente transformado em: “Porque Javé é um Deus grande, o soberano de todos os deuses”. Esta frase traduzida assim tem muito que ver com politeísmo, mas vou deixar isto para outra crónica.
Como já disse numa crónica anterior, os primitivos cristãos abominavam templos e altares. Eles achavam que não tinham que se esconder, nem esconder o seu objecto de adoração – o Sol. Seguiam os ensinamentos de Paulo, o Mestre Iniciado, o “Mestre Construtor”, de não orar em sinagogas e em templos, como fazem os hipócritas “para serem vistos pelos homens”. A razão principal era a existência de uma luz maior, a imagem do Grande Arquitecto, alegoricamente simbolizada pelo astro-rei, o Sol.
Para Ragon, “os templos maçónicos são iluminados por três luzes astrais, – o Sol, a Lua e a Estrela Geométrica –, e por três luzes vitais, – o hierofante e seus dois vigilantes, – porque um dos pais da maçonaria, Pitágoras, sugeriu que não deveríamos falar das coisas divinas sem estarmos esclarecidos pela luz.” Por este motivo os pagãos celebravam a “festa das luzes” em homenagem a Minerva, Prometeu e Vulcano, o que causava embaraços aos iniciados no cristianismo esotérico que afirmavam: “Se eles se dignassem contemplar essa luz que nós chamamos Sol, reconheceriam imediatamente que Deus não precisa das suas luzes”. Mas entre a adoração do ideal em si e a adoração do símbolo, há um abismo. Para o egípcio culto, o Sol era o olho de Osíris, não o próprio Osíris. O mesmo acontecia com os primeiros maçons: o Sol era a representação do Grande Arquitecto, não o Grande Arquitecto.
O ritual da cristianismo primitivo, ou esotérico, deriva da antiga maçonaria, a qual, por sua vez, era a herdeira dos antigos mistérios. Estes eram transmitidos aos neófitos previamente seleccionados, nas criptas dos templos, em voz baixa, de boca a ouvido. Num ritual representando os mistérios era transmitida a antiga sabedoria atlante, tentando sobreviver às deturpações criadas pelo ego de muitos hierofantes e iniciados. De acordo com a “Doutrina Secreta” de Helena Blavatsky, os mistérios foram revelados a eleitos da nossa raça, a 5ª, pelas primeiras dinastias de reis divinos, que reinaram sobre os descendentes nascidos do “Santo Rebanho”. Mais tarde, não se sabe bem porquê, esses reis divinos tornaram a descer (presume-se que na Terra), fizeram a paz com a 5ª raça, instruíram-na e ensinaram-na. Esta paz, significando que houve uma contenda anterior, está expressa na Bíblia através das várias alianças feitas com Javé.
A contenda subentendida pode ter a ver com a corrupção dos ensinamentos recebidos porque, apesar de ter havido um esforço de milhares de anos em tentar manter os mistérios na sua pureza original, os iniciados egípcios foram tentados pela sua ambição pessoal e acabaram por desfigurar uma sabedoria que nos fora transmitida pelos deuses. O significado original de muitos símbolos acabou por se perder devido a interpretações pessoais e jogos de poder.
É sabido que os únicos mistérios que conservaram por mais tempo a sua pureza original, foram os mistérios de Elêusis, em Atenas, celebrados em honra da deusa Deméter e em que se louvava a Natureza. Mas mesmo estes acabaram por cair em decadência quando o Estado Ateniense resolveu transformá-los numa fonte de renda. As iniciações passaram a ser pagas e era iniciado quem tinha dinheiro, não quem merecia. Os mistérios interiores acabaram por ser profanados por sacerdotes corruptos que, a troco de dinheiro iniciavam quem não tinha a menor preparação para entender os ensinamentos. Antes desta queda no obscurantismo, a iniciação era descrita como um “passeio no Templo”, e a “purificação” ou “reconstrução do Templo” referia-se ao corpo do iniciado na sua última e suprema prova. É isto que está escrito no evangelho de João, 2-19: “Destruam esse Templo e em três dias eu o levantarei”.
Desaparecidos os mistérios, a antiga sabedoria tentou sobreviver através dos gnósticos, que eram verdadeiramente os antigos maçons. Apesar da ascensão ao poder de Roma do cristianismo, através de Constantino, o gnosticismo continuou a ser uma força muito poderosa. Perante a situação, o cristianismo fez o que se habituou a fazer dali para a frente: esmagou o gnosticismo. Teodósio I, imperador romano, aprovou e fez publicar mais de cem leis contra os gnósticos. No ano de 381 o gnosticismo passou à condição de heresia e de crime contra o Estado. As escrituras gnósticas foram completamente destruídas e queimadas e todo o debate filosófico foi suprimido. Uma das proclamações dizia: “Não haverá oportunidade para nenhum homem sair a público e discutir religião ou debatê-la ou dar qualquer conselho”.
Um abade assistente de Cirilio, poderoso bispo de Alexandria no início do século V, dirigiu ataques às comunidades heréticas, dizendo: “Farei com que reconheçam o arcebispo Cirilo, ou então a espada eliminará a maioria de vós, e além disso aqueles que foram poupados irão para o exílio”.
Agostinho, o santo Agostinho porta-voz do cristianismo católico, achava que a força militar era necessária para suprimir os heréticos.
A espiritualidade tinha assim os dias contados, a gnose de Paulo tinha-se transformado na religião de obediência e terror da Igreja romana. A imensa vaga de obscurantismo invadiu tudo, obrigando todos sem excepção e sob pena de severa punição, a uma obediência cega à sua doutrina. Durante séculos, os iniciados tiveram que se esconder ou assumir papeis que não eram verdadeiramente os deles. Apesar das perseguições e dos riscos para a própria vida, os alquimistas continuaram á procura do ouro espiritual, da verdadeira Pedra Filosofal.

Autor desconhecido, recebido por e-mail as 2 partes

Origens do Ritual Maçônico 1ª Parte


ORIGENS DO RITUAL MAÇÔNICO
 – 1ª Parte -

A Maçonaria dividiu-se em vários ramos, ou tendências, ou obediências, conforme cada um o entenda, principalmente depois do século XVII. Por este motivo hoje conhecemos um sem número de tendências ou Ritos. Não vou aqui descrever esses Ritos porque a explicação pode ser encontrada facilmente na Internet, onde há vários “sites” com explicações bem pormenorizadas.
O fundamentalismo religioso cristão tem considerado desde sempre a Maçonaria como seu inimigo principal. Por este motivo, durante muitos séculos os seus membros reuniam-se secretamente, assim como a identidade dos que se reuniam só era conhecida deles mesmo. Hoje já não há muita necessidade desse secretismo mas, mesmo que seja por tradição, a Maçonaria continua a ser uma organização que se diz secreta, embora os seus membros e dirigentes sejam conhecidos, senão da generalidade do público, pelo menos daqueles que se interessam por estes assuntos.
Na origem da Maçonaria não existia secretismo, mas sim exclusivismo, quer dizer, no Antigo Egipto os Mistérios Interiores era reservados a uma elite escolhida pelos membros de cada Escola de Mistérios. Os Mistérios Exteriores eram dedicados ao público em geral, o qual assistia aos rituais realizados no exterior do templo. Nos Mistérios Interiores, participava apenas essa elite e realizava-se no interior do templo sem acesso ao público. Foi assim que muitos dos sábios e filósofos gregos foram iniciados nas Escolas de Mistérios do Antigo Egipto.
O secretismo começou a tornar-se necessário logo nos primeiros tempos do Cristianismo, longe estava ainda a Maçonaria de ser conhecida por esse nome. Como já vimos em crónicas anteriores, os gnósticos foram os herdeiros das Escolas de Mistério do Egipto, as quais tinham entrado em decadência depois da invasão de Alexandre Magno, cerca de 320 a.C.  A pouco e pouco os grupos gnósticos foram resguardando os ensinamentos das antigas Escolas de Mistérios, transformando-os num movimento interno que veio a desaguar mais tarde no Cristianismo ou, na busca do Cristo interior através da Gnose. Mas o Cristianismo Gnóstico sofreu logo de início a perseguição dos que começaram a formar as várias igrejas impondo a sua visão literalista do Cristianismo. Foi o fanatismo que estabeleceu os alicerces da nova religião, que se fixou definitivamente com o imperador Constantino.
Apesar da liberdade de que hoje desfrutamos no mundo ocidental, em que cada um é livre de seguir a crença ou filosofia que entender e que estiver de acordo com o seu íntimo, o fanatismo continua vivo e actuante, arregimentando milhares ou milhões de pessoas às suas ideias. Foi assim que dei com um “site” na Internet, aparentemente com largos milhares de aderentes e defendendo as doutrinas evangélicas, que logo no título dizia: “Maçonaria, o Braço Direito do Diabo – Desmascarando essa Filial do Império das Trevas”. E depois acrescentava: “Maçonaria: Ramificações: AMORC, Lions Club, Rotary Club, De Molays, Shrines, The Daughters of the Nile, Amaranth, Estrela do Oriente, Grotto, Cavaleiros Templários, Rito de York, Rito Escocês, Illuminati, P2, Skull and Bones, Ordem do Dragão.” O resto do texto é um conjunto de argumentos baseados nos evangelhos, dos quais faz inúmeras citações, atribuindo à Maçonaria e aos grupos acima indicados, todos os males do mundo. Para essas igrejas Jesus é Deus, ou o Filho de Deus encarnado na Terra, quando o próprio Jesus recusou essa condição: “Bom Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?” Jesus respondeu: “Porque me chamas de bom? Só Deus é bom, e ninguém mais” (Marcos 10-17). Um “site” a evitar para quem quiser manter uma certa saúde mental e psíquica.
Evidentemente que qualquer pessoa com um pouco de lucidez vê que se trata de uma manifestação do fanatismo mais primário, além de que, mistura indiscriminadamente no mesmo saco organizações de natureza diferente. Isto não causaria nenhuma preocupação, apenas um sorriso pela ignorância das pessoas que escrevem no “site”, se esses mesmos indivíduos não estivessem a fazer todo o possível por atingir lugares proeminentes a nível governamental em alguns países.
Mas mesmo a Igreja Católica, apesar da tentativa de abertura que constituiu o Concílio Vaticano II, considera que pertencer à Maçonaria é incompatível com a doutrina da Igreja e que os católicos que se inscrevam em qualquer organização maçónica, depois de saberem a posição da Igreja, incorrem em grave pecado. O Documento da Congregação para a Doutrina da Fé, com data de 26 de Novembro de 1983, e que trata da atitude oficial da Igreja frente à Maçonaria, utiliza a expressão "associações maçónicas", sem distinguir uma das outras. Diz que é vedado a todos, eclesiásticos ou leigos, ingressar nessa organização e quem o fizer, está "em estado de pecado grave e não pode aproximar-se da Sagrada Comunhão".  
A influência da Maçonaria na nossa sociedade ganhou maior relevo depois da Revolução Francesa, em que a Igreja foi perdendo terreno à medida em que se atingia uma maior liberdade. Sob o lema “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” o mundo se foi transformando, as monarquias foram-se despojando do seu poder absoluto, algumas foram substituídas por repúblicas, muitos países conquistaram a sua independência, como os EUA e os países da América do Sul. No entanto, a atribuição à Maçonaria desse lema é errónea, como é errada também a atribuição à Revolução Francesa, cujo lema era “Liberdade, Igualdade, ou a Morte”. Também se atribuiu a criação desse lema a Louis-Claude de Saint-Martin, o que também é errado. Esse lema é bem mais antigo e não se sabe, exactamente, qual a sua origem.
Atribuem-se à Maçonaria, através do seu braço armado, a Carbonária, muitos atentados à bomba e assassínios, especialmente contra figuras monárquicas, dentre os quais o atentado que vitimou o rei D. Carlos de Portugal, em 1 de Fevereiro de 1908, prelúdio da revolução que iria instaurar a República em 1910.
Embora alguns elementos da Maçonaria tivessem ligações com a Carbonária, esta não é, nem nunca foi o braço armado daquela. Era e é, porque ainda existe, uma organização independente, cujas acções por vezes, embora de forma brutal, correspondiam a objectivos da Maçonaria. Nestes objectivos estariam, por exemplo, a abolição da monarquia em alguns países. É interessante ler um texto notável de Fernando Pessoa, insurgindo-se contra uma proposta de lei que visava a proibição das sociedades secretas: “Ora no nosso país, caída há muito em dormência a Ordem Templária de Portugal, desaparecida a Carbonária – formada para fins transitórios, que se realizaram –, não existem, suponho, à parte uma outra possível Loja Martinista ou semelhante, mais do que duas associações secretas dessa espécie. Uma é a Maçonaria, a outra essa curiosa organização que, em um dos seus ramos, usa o nome profano de Companhia de Jesus, exactamente como, na Maçonaria, a Ordem de Heredom e Kilwinning usa o nome profano de Real Ordem da Escócia”. Talvez a figura mais notável pertencente à Carbonária, terá sido Giuseppe Garibaldi, de cujas acções foi unificada a Itália e o Vaticano deixou de ter poder sobre a cidade de Roma.
A acusação de ateísmo que é feita, na generalidade, à Maçonaria, deve-se à existência de algumas organizações maçónicas que se dizem ateias. Não se percebe muito bem com o é que se pode ser ateu a actuar num recinto sagrado efectuando rituais e se reportarem ao G.A.D.U. (Grande Arquitecto do Universo). É verdade que essas organizações não são hoje mais do que grupos de tráfego de influências, o que acontece também com algumas das organizações não ateias. No entanto, apesar dos condicionalismos do mundo de hoje, em que o profano se impõe ao sagrado, existem ainda organizações maçónicas fiéis aos seus princípios milenários de grande espiritualidade.

A Astrologia Mística dos Cargos em Loja


A ASTROLOGIA MÍSTICA DOS CARGOS EM LOJA

Os principais cargos em Loja são associados ao misticismo religioso da Mesopotâmia, onde, além dos deuses Marduc eShamash (personificações do Sol), Sin (personificação da Lua) e Ichtar (personificação de Vênus), existiam deuses correspondentes aos demais planetas conhecidos na Antiguidade: Mercúrio, deus veloz e astuto, era o senhor dos homens, embora suplantado pelo deus-Sol; Saturno, era um deus frio, cruel e irascível. É importante lembrar que a associação com os principais cargos em Loja,  abaixo descrita, não é universal para todos os Ritos, pois alguns nem têm todos os Oficiais abaixo descriminados. Assim, para o REAA, temos: 

Venerável Mestre – assimilado ao planeta Júpiter, que no panteão dos deuses babilônicos simbolizava a Sabedoria.
1º Vigilante  -  associado ao planeta Marte, que era o senhor da guerra, simbolizando a força.
 2º Vigilante  -  assimilado ao planeta Vênus, feminizado na mitologia babilônica e que, sendo a deusa mágica da fertilidade e do amor, simboliza a beleza.
Orador  -  associado ao Sol, pois dele emana a Luz, como guarda que é da lei maçônica, além de responsável pelas peças de arquitetura.
Secretário  -  assimilado à Lua, pois reflete as conclusões legais do Orador e a vontade da Loja
Tesoureiro -  associado ao planeta Saturno, o deus babilônico frio e cruel, que com seus anéis simboliza a riqueza. A atividade de receber os metais e de organizar o movimento financeiro da Loja é considerada – por lidar com a frieza dos números – fria e calculista, além de inflexível.
Mestre de Cerimônias  -  assimilado ao planeta Mercúrio, o deus veloz e astuto, pois esse Oficial, sempre circulando em Loja como elemento de ligação, imita o planeta que mais rapidamente circula em torno do Sol.
Da mesma maneira, os principais cargos em Loja são identificados com deuses do panteão grego, habitantes doOlimpo. Assim, temos: 
Venerável Mestre  -  assimilado a Zeus (Júpiter, para os romanos), o rei dos deuses, por sua condição de dirigente da Loja; associado também a Atena (Minerva, para os romanos), a deusa da Sabedoria, já que o Ven.’. Mestre deve ter a sabedoria, a prudência, a inteligência e o discernimento necessários para otimizar a administração da Loja. 
1º Vigilante  -  associado a Ares (Marte para os romanos), deus da agricultura e da guerra, e também a Heracles (Hércules, para os romanos e para Monteiro Lobato – Os Doze Trabalhos de), o mais forte e vigoroso de todos os homens. 
2º Vigilante  -  assimilado a Afrodite (Vênus para os romanos), a deusa do amor e da beleza. 
Orador  -  associado a Apolo, ou Febo, deus do Sol, criador da poesia e da música, do canto e da lira. Era adorado principalmente na ilha de Delfos. No frontispício de seu templo estava escrita a frase GNOTHE SEAUTON que em Latim se traduzia por NOSCE TE IPSUM, que em Português se traduz por CONHECE –TE A TI MESMO. Muita tinta tem sido gasta para descrever o significado desta frase. Sócrates, o maior filósofo grego, adotou-a como princípio de sua filosofia. Pitágoras – O Mestre - era chamado o filho de Apolo. 
Secretário  -  assimilado a Ártemis (Diana, para os romanos), deusa da Lua, da caça e das flores. 
Tesoureiro  - associado a Cronos – o deus do tempo e de tudo o que pode ser medido e controlado (Saturno, para os romanos), pai de Zeus e filho de Urano, um dos deuses primordiais que, com Géia (a Terra) estava no início de todas as coisas. 
Mestre de Cerimônias  -  associado a Hermes (Mercúrio, para os romanos, mensageiro dos deuses do Olimpo) já que esse Oficial é o mensageiro dos dirigentes da Loja.

Autor desconhecido, recebido por e-mail