quarta-feira, 16 de novembro de 2016

SAGRAÇÃO DO TEMPLO - 14/11/2016






A tarde/noite do dia 14 de novembro de 2016 foi de momentos de glória para a Ordem, onde apesar da chuva torrencial que se abateu sobre o Estado do Rio de Janeiro, tivemos a honra de recepcionar em nosso templo provisório; situado à Rua Barão de Barcelos 730 altos em São João da Barra RJ; o Grão Mestre Adjunto da GLMERJ Ir .`. José Ricardo,que deslocou-se de 3 Rios para presidir os trabalhos e acompanhado de equipe de valorosos irmãos da Alta Administração juntamente com o delegado da 12ª Região, Ir.`. Medeiros, seu Assistente Ir.`. Jayme Pinto, procederam ritualisticamente a Sagração de nosso Templo.

A celebração ficou a cargo do Ir.`. Eridelson e dos membros da Alta Administração que se deslocaram do Rio de Janeiro para fazer a nossa Sagração, realmente Maçons com "M" maiúsculo !!

Acompanharam a Reunião irmãos de diversas Lojas entre Mestres Instalados, Mestres, Companheiros e Aprendizes, tanto da GLMERJ como do GOB-Rio, que teve com o Ir.`. Elício, Conselheiro do Grão Mestrado, a autoridade máxima representando o Sereníssimo Grão Mestre do GOB-Rio.

Aproveitamos para agradecer a fraterna nobreza de atitude maçônica das Lojas Maçônicas Xico Trolha, do GOIRJ; Libertas Quea Sera Tamen da GLMERJ, e Fidelidade e Virtude ( nossa co-irmã de São João da Barra) do GOB-Rio, as quais nos presentearam e emprestaram muitos dos materiais usados na composição da Loja.

A nossa Loja Bp. Azeredo Coutinho  agradece a todos que, de alguma forma, deram a sua contribuição para esse sucesso, aos que não se envolveram, só resta a lembrança através das fotos a seguir




 





















Fotos do Novo Templo, Provisório

Depois de muita luta, conseguimos finalmente, voltar as nossas origens, São João da Barra, RJ
O novo Templo, ainda provisório está localizado no endereço oficial da Loja Bp. Azeredo Coutinho 186, ou seja, na Rua Barão de Barcelos 730, Altos, no Centro, em São João da Barra.
Nossas reuniões começam impreterivelmente às 20:00H , as sextas - feiras.
E em seguida vejam as fotos de nosso Templo ainda em processo de decoração.






terça-feira, 15 de outubro de 2013

http://www.revistauniversomaconico.com.br/conhecimento/a-gnose-e-a-maconaria/


A Gnose e a Maçonaria

Publicado na Edição 03em Conhecimento9 de Junho de 20101 comentário
 
“A Gnose, como dito pelo M.’. I.’. Ir.’. Albert Pike, é a essência e o miolo da maçonaria”. Por Gnose, devemos entender aqui o Conhecimento tradicional que constitui o fundo comum de todas as iniciações, cujas doutrinas e símbolos se tem transmitido, desde a mais remota Antigüidade até os nossos dias, através de todas as Fraternidades secretas cuja extensa cadeia jamais foi interrompida.
Toda doutrina esotérica pode unicamente transmitir-se por meio de uma iniciação e cada iniciação inclui necessariamente várias fases sucessivas, às quais correspondem outros tantos graus diferentes. Tais graus e fases podem ser reduzidos, em última instância, sempre a três; podemos considerar que marcam as três idades do iniciado, ou as três épocas de sua educação e caracterizá-las respectivamente com estas três palavras: nascer, crescer, e produzir. A este respeito, O Ir.’.Oswald Wirth escreveu: “A iniciação maçônica tem como objetivo iluminar os homens, afim de ensinar-lhes a trabalhar utilmente, em plena conformidade com as finalidades mesmas de sua existência. Ora, para iluminar os homens, em primeiro lugar se faz necessário liberá-los de tudo o que pode impedi-los de ver à Luz.
Isto se consegue submetendo-os a certas purificações, destinadas a eliminar as escórias heterogêneas, causas da opacidade das estruturas protetoras do núcleo espiritual humano.
Quando as mesmas se tornam cristalinas, sua perfeita transparência deixa penetrar os raios da Luz exterior, até ao centro consciente do iniciado. Todo o seu ser, então, se satura progressivamente, até chegar a converter-se num Iluminado, no sentido mais elevado da palavra, vale dizer de um Adepto, transformado já num foco irradiante de Luz.
“Conseqüentemente, a iniciação maçônica contempla três fases distintas, consagradas sucessivamente ao descobrimento, à assimilação e à propagação da Luz. Estas fases estão representadas pelos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre, que correspondem a tripla missão dos maçons, que consiste em buscar primeiro, para possuir depois e, finalmente, poder difundir a Luz.” O número destes graus é fixo: não poderia haver nem mais nem menos que três. A invenção de diversos sistemas chamados de altos graus levou a confundir os graus iniciáticos, estritamente limitados a três.
“Os graus iniciáticos correspondem ao triplo programa perseguido pela iniciação maçônica. Esotericamente, levam à solução das três questões do enigma da Esfinge: De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?, e com isto respondem a tudo quanto pode interessar ao homem. São imutáveis em seus caracteres fundamentais e formam em sua trindade um todo acabado, ao qual nada se pode subtrair nem agregar: os graus de Aprendiz e de Companheiro são os dois pilares que sustentam o Mestrado.“
Os estados transitórios da iniciação, permitem ao iniciado penetrar com mais ou menos profundidade no esoterismo de cada grau; dai resulta um número indefinido de maneiras distintas de se apreender os graus de Aprendiz, de Companheiro e de Mestre.
Pode-se apreendê-los em seu significado exterior, isto é, pode-se entender a a letra e não a compreensão; na Maçonaria, como em todas partes, há, sob este aspecto, muitos que foram chamados e poucos eleitos, já que somente aos verdadeiros iniciados lhes é dado a conhecer o espírito íntimo dos graus iniciáticos. Nem todos chegam, por outra parte, com igual êxito; pouquíssimos apenas logram superar a ignorância esotérica, sem marchar de maneira decidida até o Conhecimento integral, até a Gnose perfeita.
“Esta última, representada na Maçonaria pela letra G da Estrela Flamígera, se aplica simultaneamente ao programa de busca intelectual e do treinamento moral dos três graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre. Com a Aprendizagem, busca-se penetrar no mistério da origem das coisas; com o Companheirismo, descobre o segredo da natureza do homem, e revela, com a Maestria, os arcanos do destino futuro dos seres. Ensina, ademais, ao Aprendiz a potenciar ao máximo suas próprias forças; mostra ao Companheiro como captar as forças do meio ambiente e ensina ao Mestre a reger soberanamente sobre a natureza obediente ao centro de sua inteligência. Não há que olvidar, de fato, que a iniciação maçônica se remonta a Grande Arte, a Arte Sacerdotal e Real dos antigos iniciados”.
Sem querer entrar na complexa questão das origens históricas da Maçonaria, recordaremos tão somente que a Maçonaria moderna, tal como a conhecemos atualmente, deriva de uma fusão parcial dos Rosacruzes, que haviam conservado a doutrina gnóstica desde a idade média, com as antigas corporações de Maçons Construtores, cujas ferramentas, por demais, foram empregados como símbolos pelos filósofos herméticos, tal como pode se ver, em particular, numa figura de Basilio Valentin.
Mas, deixando por um momento de lado o ponto de vista restrito do Gnosticismo, por nossa parte faremos repetir no feito de que a iniciação maçônica, como toda iniciação, tem como fim a conquista do Conhecimento integral, que é a Gnose no verdadeiro sentido da palavra.
Podemos dizer que este Conhecimento mesmo o que, falando com propriedade, constitui realmente o segredo maçônico e por esta razão o dito segredo resulta ser essencialmente incomunicável.
Para concluir e afim de evitar qualquer mal entendido, agregaremos que, para nós, a Maçonaria não pode nem deve sujeitar-se a nenhuma opinião filosófica articular, que ela não é mais espiritualista que materialista, nem tampouco mais deísta que atéia ou panteísta, no sentido que habitualmente se atribuiu estas diversas denominações, posto que ela deve ser pura e simplesmente a Maçonaria. Cada um de seus membros, ao entrar no Templo, deve despojar-se de sua personalidade profana e fazer uma abstração de quanto seja dos princípios fundamentais da Maçonaria, princípios cujo redor de todos deveriam unir-se para trabalhar em comum na Grande Obra da Construção universal.. 
Contribuição do Irmão Alexandre Terra Aprendiz na Loja Bp Azeredo Coutinho 186

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A Pedra Bruta e Suas Aplicações Filosóficas



PREFÁCIO

A pedra bruta é a pedra de cantaria, que é uma pedra própria para ser esquadrejada e usada nas construções, já que só a pedra esquadrejada cúbica, ou em forma de paralelepípedo - é que encaixa perfeitamente nas construções, sem deixar vãos. Os homens que nela trabalhavam eram os canteiros, ou esquadrejadores da pedra, os quais a transformavam na pedra cúbica. Daí os dos símbolos em Loja, já que praticamente tudo o que fazemos hoje, tem sua origem nas organizações dos francos-maçons de ofício, ou operativos, como a dos canteiros. (José Castellani)
INTRODUÇÃO

Para os iniciados nos Augustos Mistérios da Maçonaria, a apresentação do seu primeiro trabalho é um passo de valor imensurável, por tratar da importância de pesquisar, comparar obras de mais de um autor, tirar conclusões próprias, externar o que pôde aprender e o que progrediu com os ensinamentos prestados pelos irmãos de Loja.
O tema escolhido é palpitante haja vista sua aplicabilidade tanto no meio profano como na maçonaria simbólica, de vez que podemos verificar desde as mais antigas civilizações já se faziam menções sobre as pedras, que ao longo do tempo foram utilizadas das mais diversas formas para expor o pensamento humano, seja ele religioso como filosófico. Não obstante a maçonaria especulativa muito sabiamente aproveita esses conceitos retirados das pedras à expressão marcante e lança ensinamentos para todos seus membros, desde sua iniciação.
O objetivo principal desse trabalho é apresentar a simbologia das pedras presentes em várias civilizações e em diferentes épocas e sua aplicação na formação dos maçons-aceitos.
DESENVOLVIMENTO

A história da humanidade desde seu inicio tem um vínculo forte com as pedras. O homem das cavernas descobriu-as como grandes aliadas. A pedra foi utilizada para vários fins seja como arma ou outra ferramenta qualquer que facilitara a vida de nossos ancestrais.
O tempo foi passando e o homem evoluía cada vez mais, seus aprendizados foram aprofundando-se, até que adquiriu o domínio de várias técnicas, as quais eram vitais para sua sobrevivência. Essas técnicas deram origem à ciência, produto do intelecto humano, como somatório dos conhecimentos adquiridos. Ainda em sua primitividade o homem, por seus caracteres que diferem dos outros animais (corpo, alma e mente), sentia a necessidade de comunicar com o ser superior, pois percebia em sua espiritualidade que foi criado, logo, desse sentimento nasceu à religião que era manifestada de forma muito variada conforme cada região onde habitava.

As pedras dentro da religiosidade têm um valor sem par, elas eram erigidas para representar seus deuses. E vemos que de simples pedras não-talhadas, gradativamente os homens foram utilizando pilares lavrados e depois para colunas talhadas esculturalmente, segundo a semelhança de animais ou homens, destinados a tornarem objetos de reverência e culto como representação de deuses, que por sua solidez e durabilidade, servia para sugerir o poder e a estabilidade de uma divindade.
O culto utilizando pedras tem sido rastreado em quase todas as regiões da terra e entre quase todos os povos bárbaros. A Bíblia Cristã, desde o livro do Gênese até o Apocalipse, faz alusões às pedras, vejam alguns exemplos:
  • Em Gênese, capítulo vinte e oito, versículo dezoito, lemos: “No dia seguinte pela manhã, tomou Jacó A PEDRA sobre a qual repousara a cabeça e a erigiu em Estela derramando óleo sobre ela;
  • As tábuas onde foram escritos os dez mandamentos eram de PEDRA (Êxodo, capítulo trinta, versículo dezoito);
  • Há referências bem conhecidas tanto no Velho com no Novo Testamento sobre as pedras-símbolos. No Livro dos Salmos, capítulo cento e dezoito, lemos: “ A PEDRA que os construtores rejeitaram, tornou-se PEDRA ANGULAR”. Considera-se isso uma profecia dirigida a Jesus, como o Cristo, que foi rejeitado pelos judeus, mas tornou-se a PEDRA fundamental da igreja.
  • Jesus cita essas palavras em Mateus, capítulo vinte e um, acrescentando: “Aquele que tropeçar nesta PEDRA, far-se-á em pedaços, e aquele sobre quem cair será esmagado”.
  • Pedro denomina Jesus em sua segunda epístola, capítulo quatro, como PEDRA PRECIOSA;
  • Ao passo que Pedro foi chamado CEPHAS, quer dizer PEDRA, pelo próprio Jesus em Mateus, capítulo vinte e seis, versículo dezoito.
    Já no judaísmo se vê a velha lenda sobre o maravilhoso depósito de PEDRA DE FUNDAÇÃO, É encontrada no livro Talmúdio-yoma, que afirma, ela tinha sobre si o nome sagrado de DEUS gravado na síntese da sigla G.A.O.T.U. Alguns rabinos hebraicos dos tempos antigos adeptos à doutrina metempsicose acreditavam que uma alma humana podia após a morte não só renascer num corpo humano, mas também, por culpa de seus pecados, num corpo de animal e até mesmo aprisionado numa PEDRA. No fólio hebraico número cento e cinqüenta e três, podemos ler: “A alma de um caluniador pode ser forçada a habitar uma PEDRA SILENCIOSA.

Os antigos gregos costumavam erguer colunas de pedras consagradas diante de seus templos e ginásios e até mesmo as habitações de seus cidadãos insignes. No mundo árabe em Meca (cidade de peregrinação islâmica), acha-se a PEDRA mais notável do mundo, é uma PEDRA PRETA, que está preservada na “kaaba” ou casa cúbica que fica no átrio da mesquita sagrada. Acredita-se que seja um aerólito ou pedra meteórica. Esta PEDRA PRETA tem sete polegadas de comprimento aproximadamente, e é oval, segundo diz, ela foi quebrada durante o assédio de Meca em 683 DC, foi recomposta com cimento e encerrada numa cinta de prata. Está embutida na parede do ângulo nordeste da kaaba a uma altura que permite que os devotos a beijem em ato de adoração.
Esses são apenas alguns dos inúmeros exemplos da correlação homem e pedra, presente na cultura religiosa que é a mais antiga manifestação circundada na vida humana. Assim também para a maçonaria as pedras têm um valor imensurável, posto que a própria origem desta instituição tenha muito haver com elas, uma vez que é herdeira o conhecimento de várias associações de construtores, principalmente daquelas manifestada durante a Idade Média. A representação simbólica das pedras está intimamente ligada com a vida de um maçom, desde sua iniciação, seu primeiro trabalho realizado à frente do irmão primeiro vigilante, onde ele ainda não percebe a riqueza existente nesse gesto.
A PEDRA BRUTA é o ponto de partida para a grande transformação a ser feita no espírito do maçom. Desbastar esta PEDRA BRUTA significa que esse trabalho simbólico deve-se dedicar o maçom para chegar a ser o obreiro que domina a boa arte de construir. Na realização desse trabalho o iniciado é ao mesmo tempo obreiro, matéria-prima e instrumento. Ele mesmo é a PEDRA BRUTA, que representa seu atual estado de imperfeito desenvolvimento, que deve converter-se em forma de perfeição interior.
Como a perfeição é infinita e seu absoluto é inacessível, o que nos resta fazer é tão somente aproximar da perfeição ideal, por etapas de progresso, desenvolvendo-as através de sucessivos graus de perfeição relativa. O próprio reconhecimento de nossa imperfeição por um lado e de outro um ideal desejado são as primeiras condições indispensáveis para que possa existir o trabalho de desbaste. Se o Aprendiz souber relevar, quando algum irmão o aborrecer, estará retirando uma aresta, se ele usar o exercício da tolerância contra as agressões, mais arestas caem. O construir, o participar, o contribuir e o atender são atributos que também retiram arestas.
Contudo a melhor maneira de desbastar a PEDRA BRUTA é a própria comprovação fraterna – chave para abrir portas aos irmãos e assim estaremos dando mostras de que os amamos. Este é o caminho certo, o início do aperfeiçoamento, que certamente será longo, áspero e de sacrifícios, mas vale a pena ser trilhado. É dando que se recebe lembra-nos Francisco de Assis, em uma mensagem de amor.

Assim pedem os aprendizes-maçons, sempre haja alguém que os ajudam a suportar o fardo, a torná-lo leve, colaborando com seu progresso mostrando sempre o caminho do bem e da virtude. É necessário ainda que cada um de nós, sendo PEDRA BRUTA conheça sua natureza, descubra de que material é feito, que resistência possui, se é pedra-ferro, pedra mármore, granito ou outra composição.
Esse trabalho deve ser uma contínua rotina em nossas vidas, uma vez que a necessidade de aprimoramento seja ele intelectual; espiritual ou psíquico faz parte da natureza humana para atingir novos paradigmas do verdadeiro progresso, a serviço da própria humanidade que vai adentrando por séculos e séculos cumprindo seu destino. Pois somos degraus na cadeia da divindade, e cada degrau sustenta um e é sustentado por outro, o ser evolucionado além de limpar e polir seu degrau tem também o dever de contribuir para a limpeza dos outros, para que nada de feio se veja, assim estaremos evoluindo e colaborando para a evolução do todo, pois “o todo é muito maior que a simples soma das partes”.
CONCLUSÃO:

O valor alegórico inspirado nas pedras, desde os primórdios tempos, é refletido para toda a existência, que o homem moderno precisa obter os ensinamentos que elas – as pedras proporcionam, a fim de melhorar sua própria vida, para contribuir na construção de uma sociedade centrada nos bons costumes. Desta forma, faz-se necessário buscar incessantemente o aprimoramento individual e coletivo, quer nos trabalhos das oficinas, nos encontros fraternos, na aplicação da doutrina, no ensinamento geral a que todos abrangem, nas ocupações do mundo profano, que o maçom cumpre integralmente sua finalidade na sociedade humana.
A transformação de PEDRA BRUTA EM PEDRA POLIDA só encontra seu significado real com o trabalho primitivo dos PEDREIROS LIVRES, quando, a própria oficina procura anular as arestas de seus próprios membros quaisquer que sejam as suas posições em Loja, sejam quais forem seus títulos iniciáticos.
Reflitamos, meus Irmãos.
Bibliografia:

"
 A simbólica Maçônica" – Jules Boucher
"Caderno de Estudos Maçônico" – José Castellani
Manual do Aprendiz-Maçom
Bíblia Sagrada
Texto retirado na INTERNET
PESQUISA - Ir  José Carlos Lopes         (02-04-2009)           

domingo, 18 de agosto de 2013

DIÁCONO NA MAÇONARIA

DO SIGNIFICADO E DAS FUNÇÕES DO DIÁCONO


O termo Diácono significa “assistente”, alguém que serve à mesa (Jó 2,5.9). Foram chamados “diáconos” os cristãos escolhidos pelos apóstolos para servirem aos pobres da Igreja de Jerusalém. Mas estes diáconos logo começaram a dedicar-se também à pregação do Evangelho. A palavra Diácono vem do grego “diakonos”, ou seja servidor. Na Igreja Católica é o nome que se dá a Segunda ordem de oficiais ou clérigos. No Cristianismo primitivo, os diáconos eram encarregados de distribuir as esmolas, de preparar os ágapes, de dar a eucaristia aos comungantes. No Rito Escocês Antigo e Aceito é o cargo exercido pelos maçons, para transmissão das ordens das Luzes aos demais irmãos e o cumprimento de determinadas cerimônias. Assim, o Primeiro Diácono, no Rito Escocês Antigo e Aceito, que na Loja se senta à direita do Venerável Mestre e abaixo do sólio (trono, assento real), cumpre a sua função, transmitindo e executando às ordens deste ao Primeiro Vigilante e a todos Dignitários e Oficiais, bem como tem a incumbência de abrir e fechar o Painel da Loja e sendo aquele que recebe a p\ s\ do Venerável Mestre e entregando ao Primeiro Vigilante, enquanto o Segundo Diácono, que se coloca perto e à direita do Primeiro Vigilante, recebe deste a p\ s\ e entrega ao Segundo Vigilante, como também transmite e executa às ordens do Primeiro Vigilante, e cuida para que os Maçons sentados no Ocidente se conservem nas colunas com respeito, disciplina e ordem. Cuida os Diáconos no R\E\A\A\ de formarem o pálio (manto, capa – sentido de proteção), quando da abertura e fechamento do L\ L\. Na maçonaria o Diácono tem, como jóia, uma pomba com um ramo de folhas no bico, significando sua qualidade de mensageiro e indicando seus atributos de circunspecção e justiça. Esse emblema deve encimar os Bastões que os Diáconos transportam, onde o do Primeiro encontra-se encimado por uma pomba inscrita em um triângulo e a do Segundo encimado por uma pomba em vôo livre, conforme ensina o Ritual do Aprendiz Maçom. Aqui, devemos nos reportar aos primórdios da civilização,  época de Noé, quando no dia 17 do sétimo mês do dilúvio, a arca pousou sobre os montes de Ararat. Noé, então aguardava às águas continuarem se retirando e passados alguns meses, Noé abriu a janela que havia feito na arca, e soltou uma pomba para ver se as águas já haviam secado sobre a face da terra. Mas a pomba, não achando onde pousar, voltou para a arca. É que as águas ainda cobriam a superfície da terra. Ele estendeu a mão para fora, apanhou a pomba e recolheu-a na arca. Depois esperou mais sete dias e tornou a soltar a pomba. Pela tardinha a pomba voltou trazendo uma folha de oliveira que tinha arrancado com o bico. Assim Noé ficou sabendo que as águas tinham abaixado sobre a terra. Esperou outros sete dias e soltou a pomba, que já não voltou. Este acontecimento, possivelmente, tenha originado o simbolismo e o nascimento do significado do mensageiro.
O diaconato foi instituído pelos Apóstolos. No Livro da Lei encontramos no Ato dos Apóstolos, versículo 6, a chamada instituição dos diáconos, assim descrito: “Naqueles dias, havendo crescido o número de discípulos, houve queixa dos fiéis que falavam grego contra os fiéis de língua hebraica, porque suas viúvas teriam sido esquecidas no serviço diário. Por isso, os Doze convocaram uma reunião dos discípulos e disseram: Não é razoável que deixemos de pregar a palavra de Deus para servir às mesas. Escolhei, irmãos, dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais confiaremos este serviço. Pois nós devemos atender à oração e ao ministério da palavra”. A assembléia escolheu os primeiros sete diáconos: Filipe, Prócoro, Nicanor, Tímon, Pármenas, Nicolau e Estêvão que foi o primeiro mártir, pois quando orava com fervor em defesa de Jesus que era pregado na cruz foi agredido, tendo exclamado: Senhor perdoe-os  porque eles não sabem o que fazem. Por importante, foi com o auxílio dos Diáconos que a palavra de Deus se difundiu e aumentou de maneira extraordinária o número dos discípulos em Jerusalém, como também, grande foi o número de sacerdotes que aderiu à fé. Ainda, na Epístola Timóteo, está escrito as qualidades dos Diáconos que são descritas como sendo homens de palavra, honestos e que guarnecem o mistério da fé numa consciência pura. Segundo o Livro da Lei DIACONIA quer dizer SERVIÇO, ou seja, o Diácono é ordenado para SERVIR. Faz parte do ministério do Cristo Servo, "que veio para servir e não para ser servido". Na Liturgia Eucarística o diácono tem funções próprias: servir o altar, proclamar o Evangelho, convidar para o abraço da paz, purificar os vasos sagrados e fazer a despedida. Deve, ainda, incentivar a assembléia para uma participação correta e efetiva na Divina Liturgia.
Afirmam os historiadores Maçons que este cargo teve sua origem na Inglaterra como atribuições de mensageiros, pois na Maçonaria Operativa Escocesa, esta denominação era dada ao Oficial Chefe – Venerável Mestre. Era assim conhecido na famosa Mãe-Loja de Kilwining até 1735.


ANTONIO GOMES GIMENES - Mestre 

sábado, 10 de agosto de 2013

PADRES QUE FORAM MAÇONS


 
Não ha muito foi publicada a seguinte lista incompleta de padres-maçons brasileiros,
 em um jornal de Pernambuco, lista que aqui transcrevemos para perpetuação da memória
 dos que se não julgaram  indignos com os vilipendios que  ainda hoje lhe são atirados;

Bispo Azeredo Coutinho 33.`. (Escritor português prelado de Pernambuco.)
Bispo Conde de Irajá 33.`. (Sagrador, coroador e celebrante do casamento de Dom Pedro II.)
Conego Dr. João Carlos Monteiro 3.`.
Conego Francisco L. de Brito Medeiros Campos 3.`.
Conego Ismael de Senna Ribeiro Nery 18.`.
Frei Antonio do Monte Carmelo 18.`.
Frei Candido de Santa Isabel Cunha 18.`.
Frei Carlos das Mercês Michelli 7.`.
Frei Francisco de Monte Alverne 33.`. (Maior pregador do século XIX.)
Frei Francisco de Santa Thereza Sampaio 7.`. (Grande polemista)
Frei Francisco de São Carlos 33.`.
Frei Joaquim do Amor Divino Caneca 7.`.
Frei Norberto da Purificação Paiva 33.`.
Monsenhor Pinto de Campos .`. (Escritor pernambucano.)
Padre Albino de Carvalho Lessa 3.`.
Padre Antonio Alvares Guedes Vaz 18.`.
Padre Antonio Arêas 3.`.
Padre Antonio da Immaculada Conceição 3.`.
Padre Antonio João Lessa 7.`.
Padre Auliciano Pereira de Lyra 33.`.
Padre Bartholomeu da Rocha Fagundes 30.`.
Padre Candido Ferreira da Cunha 33.`. ( 1º Presidente da Constituinte do Brasil.)
Padre Diogo Feijó 33.`. ( Regente do Brasil, na menoridade de D. Pedro II.)
Padre Ernesto Ferreira da Cunha 17.`.
Padre Francisco João de Arruda 3.`.
Padre Francisco José de Azevedo 18.`. (Inventor da primeira maquina de escrever.)
Padre Francisco Marcondes do Amaral 3.`.
Padre Francisco Peixoto Levante 15.`.
Padre Guilherme Cypriano Ribeiro 3.`.
Padre Januário da Cunha Barbosa 7.`. ( Orador sacro, fundador do Instituto Histórico Brasileiro. )
Padre João da Costa Pereira 3.`.
Padre João José Rodrigues de Carvalho Celeste 7.`.
Padre Joaquim Ferreira da Cruz Belmonte 33.`.
Padre José Capistrano de Mendonça 30.`.
Padre José da Silva Figueiredo Caramurú 32.`.
Padre José Luiz Gomes de Menezes 33.`.
Padre José Roberto da Silva 3.`.
Padre José Sebastião Moreira Maia 3.`.
Padre Lourenço de Albuquerque Loyola 3.´.
Padre Manoel Cavalcante de Assis Bezerra de Menezes 3.´.
Padre Manoel Telles Ferreira Pita 7.´.
Padre Paulo de Maia 3.´.
Padre Thomaz dos Santos Mariano Marques 3.´.
Padre Torquato Antonio de Souza 3.´.
Padre Vicente Ferreira Alves do Rosário 33.´.
Vigário Eutychio Pereira da Costa 33.´. ( Deleg. do Grão Mestre no Pará em 1.877 -
 Bol G.O.B. 1.918 pág. 1.123.)
(Garantimos a autenticidade dos presentes nomes, pois se acham registrados na
 Grande Secretaria Geral da Ordem no Rio de Janeiro - Do Popular ( Victoria, de 16 de Maio de 1.908.)

Padre Vicente Gaudinieri ( Iniciado na Loja Modestia nº 0214, em Morretes, transferido para 
Palmeira-PR, onde, por coincidência em 1º/02/1.898 foi fundada a Loja Conceição Palmeirense,
 a qual mais tarde, mudou o nome para Loja Moria. Participou como fundador da Loja Luz Invisível,
 está registrado no  Livro de Obreiros nº 1, na página nº 23.)

Padre Guilherme Dias ( A Loja Luz Invisível nº 33 - Curitiba, possue correspondência deste irmão,
 quando passou  a residir na cidade de Ponta Grossa.)

Bispo Claudio, nome de batismo: Claudemir Pereira do Nascimento ( Dom Claudio de Deus ) -
 Iniciado em 15/05/1975, na ARLS BEITH-EL nº 1.788, subordinada ao Gr.·. Or.·. SP, posteriormente
 por solicitação do Grão Mestre, filiou-se na ARLS RETIDAO E PRUDENCIA nº 2.143,  onde ocupou 
diversos cargos, inclusive o de V.·.M.·.. Em 1996, recebeu o Grau 33. Foi condecorado com o
 título de Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa, o qual recebeu em Barcelona, Espanha através do
 Grande Prior de Portugal. - Continua ativo na ARLS JEAN BAPTISTE WILLERMOZ 626, juridicionada
 a GLSP, onde, tambem exerceu o cargo de V.·.M.·.. Filiado à ARLS VALE DO NILO n° 23 - em 
Japeri, Estado do Rio de Janeiro, sob auspícios da GLMERJ em 15 de dezembro de 2.010.
 Membro ativo do Corpo Filosófico OLIDIO SAMPAIO COELHO, em Japeri, RJ.

Bispo Boanerges Waldemar Bueno, nome de batismo: Waldemar Martins Bueno de Oliveira 
( Dom Boanerges Waldemar Bueno ) - Iniciado em 29/09/1986, na Loja Marques do Herval nº 114 -
 Osasco-SP, subordinada a Grande Loja do Estado de São Paulo. Participou como Fundador das
 Lojas: União e Lealdade nº 547; Jean Baptiste Willermoz nº 626; ainda, do Grande Capítulo dos Maçons
 do Santo Real Arco de Jerusalém do Estado de São Paulo; do Grande Priorato Soberano do Brasil das
 Ordens do Templo (Ordem do Templo - Atual Grande Registrador), Armado Cavaleiro Templário
 na Preceptoria Dom Diniz Nº. 17 jurisdicionada ao Grande Priorardo Templário de Espanha. 
Ainda, participou como fundador: Grande Loja dos Maçons da Marca do Estado de São Paulo ( Atual Grande
 Capelão ). Membro (Fundador) do Grande Priorato do Brasil da Ordem dos Cavaleiros Benfeitores
 da Cidade Santa. Membro ativo do The Gran College Of The Royal Arch Knight Templar Priest Of Order
 Wisdon ( Inglaterra ) Tabernáculo Novo Mundo Nº. 227 - ( Atual I Pillar ). No dia 19/09/2012, recebeu o 
Grau Vº da ordem dos Maçons Operativos (Inglaterra)(Rough Masons,Wallers, Slaters, Paviors, Plaisterers
 and Bricklayers ). The Worshipful Society Of Free Masons - South America - Brazil. Lodge Of menatzchim
 or Super Intendent Vº

Pesquisa realizada por: Hiran Luiz Zoccoli

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O Segredo e o Bode da Maçonaria



Texto encontrado no blog http://mictmr.blogspot.com.br que recomendo uma visita.

Este texto foi enviado como um simples comentário em "Maçonaria e Igreja". Devido a sua pertinência e veracidade para a enorme maioria dos Maçons, transformo-o em um uma postagem, com os agradecimentos à pessoa que o enviou e ao autor. 

Autor: Pedro Borges dos Anjos, é Cristão Evangélico e Mestre Maçom do quadro da Loja Maçônica Caridade e Segredo, da cidade histórica da Cachoeira, estado da Bahia.


No livro de Daniel, capítulo 12, versículo 4, o Senhor ordena que o profeta lacre e guarde em segredo as palavras de uma mensagem expressa em um determinado livro até o fim dos tempos. Mais adiante, no mesmo capítulo, nos versículos 9 e 10, diz o Senhor: “Vai Daniel, porque estas palavras estão fechadas e lacradas até o tempo do fim. Muitos serão purificados, esbranquiçados e refinados, mas os transgressores procederão iniquamente, e nenhum dos transgressores entenderá, mas os sábios entenderão.” Fiel às instruções do Senhor Deus, Daniel guardou e os de hoje prosseguem guardando o segredo recomendado por Deus.

Embora guardar sigilo na Ordem Maçônica vem desde sua origem, a notícia remonta do período dos apóstolos, por volta do terceiro ano depois de Cristo quando eles se dirigiram a várias localidades para pregar o evangelho. Os que foram para a Palestina, ficaram surpresos com o costume do povo judaico em falar ao ouvido de um bode, um animal muito presente na cultura do povo judeu daquele período. Os apóstolos de Cristo, ao buscarem saber as razões que sustentavam aquela postura, os palestinos davam o silêncio como resposta. Até que um Rabino de uma comunidade, em atenção à indagação do apóstolo Paulo, respondeu-lhe que tal procedimento era (e ainda é parte, até hoje em algumas aldeias do território Israelense) de um cerimonial judaico para expiação de pecados e erros, cujo povo tem o bode como confidente. Confessar erros e pecados ao um bode, junto ao seu ouvido, segundo o mencionado ritual, assegura ao pecador de que o segredo de seus delitos confessados ficam guardados, tendo em vista que bode não fala. O confessionário na Igreja Católica foi instituído anos depois, cuja instituição garante ao pecador o voto de silêncio por parte do sacerdote-confessor.

Perseguida pelo governo papal do Vaticano, por discordar frontalmente das instituições oficiais do seu poderoso império, com que a Igreja subjugou, humilhou e matou nas fogueiras da Inquisição milhões de pessoas, muitos maçons foram presos e submetidos aos inquisidores que a todo custo buscavam arrancarem deles confissões sigilosas de domínio da Ordem Maçônica, semelhantes as que o Senhor recomendou ao profeta Daniel fechar e lacrar até o tempo do fim. Um dos inquisidores, Chasmadoiro Roncalli, um reconhecido perverso dos quadros da Igreja, chegou a desabafar, com um superior seu: “Senhor, este pessoal maçom parece bode, por mais grave que eu torne o processo de flagelação a que lhes submeto, não consigo arrancar de nenhum deles quaisquer palavras.”
Remonta desse período a alcunha de bode com que se faz referência aos cidadãos maçons, em todo o mundo, como aquele que sabe guardar segredo.

Muitos associam a figura do bode ao demônio com que buscam acusar a Maçonaria de práticas satânicas, com argumentações integralmente destituídas da expressão da verdade. Ministros da Palavra de Deus e fiéis de quaisquer segmentos da Igreja de Cristo têm compromisso com a verdade, razão por que o próprio Deus recomendou e instruiu a todos, conforme está expresso nas Escrituras Sagradas do Livro de Êxodo 23:01 “não deves propagar uma notícia inverídica. Não cooperes com o iníquo por te tornares testemunha que trama violência.”

A Maçonaria proclama a existência de Deus, os iniciados em seus templos (não são deístas) são teístas e têm a Jesus Cristo como único Salvador. Ensina que a alma é imortal. Proíbe a discussão sectária de natureza política ou religiosa em seus templos. Busca unir a todos pelos laços da fraternidade conforme recomenda Jesus “tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.” (Este último parágrafo foi negritado por iniciativa do autor do blog http://mictmr.blogspot.com.br ).